Em uma cerimônia ocorrida na Assembleia Nacional da Venezuela, em Caracas, o presidente Nicolás Maduro foi empossado para seu terceiro mandato, que se estenderá até 2031. Durante seu discurso, o líder chavista ressaltou que, apesar da pressão internacional e dos protestos da oposição, sua posse constitucional não pôde ser impedida.
Maduro enfatizou a importância desse momento, referindo-se à sua posse como uma vitória da democracia venezuelana e da busca por paz e estabilidade no país. Ele criticou tentativas de transformar o evento de sua juramentação em um conflito global, afirmando que a vontade do povo prevaleceu.
A oposição, representada pelo candidato Edmundo González, procurou apoio internacional nos dias que antecederam a cerimônia, prometendo retornar à Venezuela para contestar a posse de Maduro. Em tom descontraído, Maduro brincou sobre a possível chegada de González, provocando risos entre os presentes, enquanto havia um pedido de prisão contra o opositor.
Além disso, instituições que apoiam González alegaram ter evidências de fraude eleitoral, afirmando que ele deveria ser o verdadeiro vencedor das eleições. No entanto, o governo informou que tais documentos eram falsificados. Os protestos da oposição questionaram a legitimidade da posse de Maduro, com a detenção, e depois desmentido, da líder oposicionista Maria Corina Machado, aumentando a tensão internacional contra o governo venezuelano.
O presidente foi empossado pelo deputado Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional, e recebeu apoio de delegações de mais de 125 países. Maduro também respondeu às críticas sobre as eleições de julho de 2024, afirmando que sua legitimidade não depende de governos estrangeiros.
Durante seu discurso, Maduro anunciou planos para uma reforma constitucional, a ser realizada em 2025, visando atualizar a Constituição Bolivariana de 1999 e proteger o país de novas ameaças tecnológicas. Ele também se comprometeu a criar uma Comissão Ampla Nacional de Elaboração do Projeto de Reforma, convidando a participação de diversos setores da sociedade.
O presidente, que está no poder desde 2013, sucedeu Hugo Chávez e enfrentou diversas dificuldades, como o bloqueio econômico internacional e uma crise profunda que resultou na emigração de milhões de venezuelanos. Apesar dos desafios econômicos, a Venezuela apresentou sinais de recuperação nos últimos anos, com um crescimento esperado do PIB em 2024.
Nicolás Maduro continua a afirmar que sua autoridade se fundamenta na vontade do povo venezuelano, posicionando-se como representante legítimo da nação em meio às adversidades políticas e econômicas.
 
	    	 
		    






