O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (22) que tanto Israel quanto a Palestina têm o direito de existir e devem coexistir pacificamente. Em discurso na Conferência Internacional de Alto Nível para a Resolução Pacífica da Questão Palestina, realizada em Nova York, Lula defendeu a implementação da solução de dois Estados, com fronteiras de 1967 e Jerusalém Oriental como capital do Estado palestino.
O presidente criticou a violência em Gaza, afirmando que o direito de defesa não justifica a matança indiscriminada de civis. Ele destacou que o uso excessivo da força resultou na morte de mais de 50 mil crianças e na destruição de 90% dos lares palestinos, além de utilizar a fome como arma de guerra. Lula também condenou enfaticamente os atos cometidos pelo Hamas.
A conferência foi convocada pela França e Arábia Saudita e antecede a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Lula afirmou que o conflito entre Israel e Palestina é um símbolo dos obstáculos enfrentados pelo multilateralismo e criticou a tirania do veto na ONU, que impede ações eficazes contra atrocidades. Ele propôs a criação de um órgão inspirado no Comitê Especial contra o Apartheid, que teve papel fundamental no fim do regime de segregação racial na África do Sul, para assegurar o direito de autodeterminação da Palestina.
A posição do Brasil reflete um compromisso com a paz e a justiça no Oriente Médio, buscando uma solução que respeite os direitos e a dignidade de ambos os povos.
Foto: Ricardo Stuckert/PR







