O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos pela condenação de sete investigados acusados de envolvimento em uma trama que pretendia contestar o resultado das eleições de 2022 e incentivar atos antidemocráticos. Entre os réus está o major da reserva do Exército Ângelo Martins Denicoli, do Espírito Santo.
De acordo com a denúncia, o grupo teria atuado na divulgação de informações falsas sobre o sistema eleitoral e na articulação de ações que poderiam resultar em uma ruptura institucional. O caso integra uma das frentes da investigação sobre a organização de movimentos golpistas no país.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou pela condenação dos sete acusados. Ele foi acompanhado pela maioria dos ministros da Primeira Turma, que entenderam que as provas apresentadas demonstram a existência de uma rede estruturada para espalhar desinformação e estimular o discurso de intervenção militar. Apenas um ministro votou pela absolvição.
Os réus respondem por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa. As penas individuais ainda serão definidas após a conclusão do julgamento.
A decisão reforça a posição do Supremo diante dos ataques às instituições e da disseminação de discursos que buscam enfraquecer o processo democrático.







