A Sepse é uma síndrome clínica provocada pela resposta desregulada do organismo a uma infecção e que se não identificada e tratada precocemente pode levar à falência de múltiplos órgãos, como pulmão, rins e fígado.
Por outro lado, conforme explica a especialista em Medicina Intensiva Eliana Caser, da Unimed Vitória, a sepse pode ser evitada. No início desta semana, na quarta-feira (13), foi celebrado o Dia Mundial da Sepse.

“Qualquer infecção pode causar a Sepse. No Brasil e no mundo, a causa mais comum do problema é a infecção respiratória, a pneumonia. Mas a chave para evitar a Sepse está em identificar e tratar as infecções desde o início, evitando o agravamento dos casos”, pontua Eliana.
Ainda segundo a médica, outra medida importante, que deve ser adotada por todos, é evitar usar antibióticos sem prescrição médica e seguir os tratamentos prescritos pelos médicos, além de manter o calendário de vacinação atualizado.
Já nos hospitais, uma importante medida de prevenção é a higienização correta das mãos por parte dos profissionais de saúde.
E se houver sepse?
De acordo com Eliana Caser, mesmo quando a Sepse é identificada, é possível tratá-la. Mas o sucesso do tratamento vai depender, principalmente, de dois fatores: o diagnóstico precoce da síndrome e o tratamento imediato.
“Fazem parte do grupo de risco da Sepse bebês abaixo de um ano, idosos e pessoas com comorbidades. Às vezes, a pessoa pode até não febre, mas existem outros sintomas característicos da Sepse, como sonolência excessiva. fraqueza, cansaço, agitação, diminuição de urina, dor de cabeça, falta de ar e desconforto respiratório. Ao identificar esses sinais, as pessoas precisam buscar o atendimento de saúde. Nessas unidades, as equipes precisam estar preparadas para reconhecer a Sepse e dar o diagnóstico. Porque quanto antes, melhor será a resposta ao tratamento”.
Reabilitação multidisciplinar
Mesmo após vencer a Sepse, os pacientes têm uma longa jornada de recuperação pela frente.
“Esses pacientes podem ter alteração da memória, raciocínio lento, muitas vezes têm uma alteração do sono e passam a usar medicamentos que nunca haviam usado antes. É preciso o envolvimento de uma equipe multidisciplinar, com médicos, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas para ajudá-los na recuperação física, neurocognitiva e emocional. Além disso, a família também vai precisar de apoio. O sistema de saúde deve estar preparado para isso”, pontua Eliana Caser.








