Às vésperas do carnaval, a situação da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nas diversas regiões do Brasil está, por ora, sob controle, sem registros elevados de casos associados à covid-19. Estados que anteriormente reportavam um aumento de doenças respiratórias entre os idosos, como Amazonas e Roraima, agora mostram estabilidade ou oscilações.
Entretanto, o boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emite um alerta importante: a aglomeração durante as festividades pode facilitar a transmissão de vírus respiratórios. Portanto, aqueles que apresentarem sintomas gripais, como coriza, tosse ou febre, devem considerar evitar participar das festas e buscar assistência médica caso os sintomas se agravem, recomendação válida também para o período após o carnaval.
Vacinação e cuidados essenciais
A vacinação contra a covid-19 é um aspecto crucial, especialmente para aqueles que estão com o calendário vacinal atrasado. É importante que indivíduos em grupos de risco, incluindo idosos, gestantes e pessoas com condições preexistentes, busquem reforços periódicos em um posto de saúde. Atualmente, a vacinação básica é oferecida para crianças de 6 meses a menos de 5 anos.
A síndrome respiratória aguda grave, que resulta do agravamento de sintomas gripais, pode comprometer a função pulmonar e, em muitos casos, requer internação. Ela é particularmente perigosa para grupos vulneráveis e pode levar ao óbito. Recentemente, o Brasil registrou cerca de 13,5 mil casos de SRAG, com mais de 2,2 mil diagnosticados com covid-19, e 1.194 mortes devido a essas complicações, sendo uma parte significativa delas vinculada ao coronavírus.
Cuidado com crianças e adolescentes
Os dados do boletim também destacam uma crescente preocupação com crianças e adolescentes. Após o retorno às aulas, houve um aumento nos casos de SRAG em menores de 14 anos. Sete estados, incluindo Acre e Pará, estão sob observação devido a esse crescimento. A investigação indica que, em Goiás e no Distrito Federal, muitos dos casos foram associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), que afeta gravemente crianças menores de 2 anos.
Em um panorama geral, nas últimas quatro semanas, dos casos confirmados de infecções virais, 45,3% foram causados pela covid-19, seguidos por 21,2% relacionados ao rinovírus e 19,3% ao VSR. Embora a incidência de SRAG entre essa faixa etária ainda seja considerada baixa em nove estados, há uma tendência de crescimento, exigindo atenção redobrada.







