Médica esclarece mitos e verdades sobre o câncer colorretal
Terceiro tipo de tumor maligno mais incidente no País, o câncer
colorretal é o foco da campanha Março Azul Marinho, que faz um alerta
a toda a população sobre a importância de prevenir e estar atenta aos
sinais suspeitos da doença.
Apesar do risco de letalidade, esse tipo de câncer é prevenível e
apresenta maiores chances de cura se for diagnosticado na sua fase
inicial.
Em boa parte dos casos, esse tumor se desenvolve a partir de um pólipo,
que é uma lesão benigna na mucosa do intestino e que pode se tornar
maligna à medida que vai crescendo.
A colonoscopia é o exame mais eficaz para diagnosticar a doença. “É
muito importante que esse procedimento seja realizado regularmente, pois
além de diagnosticar a doença, no próprio exame é possível o
médico retirar os pólipos que forem detectados”, explicou a médica
oncologista Virgínia Altoé Sessa.
Também conhecido como câncer de intestino, o câncer colorretal nasce
na mucosa, ou seja, na parte interna do intestino grosso (parte final do
intestino) e do reto (próximo ao ânus). De acordo com estimativas do
Instituto Nacional do Câncer (Inca) o país deve registrar cerca de 45
mil casos este ano.
Para informar melhor a respeito do câncer colorretal, a oncologista
esclareceu alguns mitos e verdades sobre essa neoplasia.
Mitos e verdades:
O câncer colorretal se dissemina rapidamente para outros órgãos.
Mito. Não há nenhuma evidência científica que comprove essa
tendência. E se a doença for diagnosticada precocemente, são altas as
chances de cura e o risco de metástase é menor.
Esse tipo de câncer pode ser prevenido por meio de exames.
Verdade. Os pólipos intestinais podem ser removidos durante o exame de
colonoscopia para evitar que se tornem cancerígenos.
A colonoscopia é um exame arriscado e doloroso.
Mito. Apesar de exigir uma preparação rigorosa, com uso de
medicamentos, dieta e jejum, o exame não causa dor, dura de 15 a 30
minutos e é realizado com sedação, para maior conforto do paciente.
Alimentação é fator de risco para o desenvolvimento de câncer
colorretal.
Verdade. O consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em sódio,
açúcar e gordura saturada é comprovadamente um fator de risco para a
doença. Também existem outros, como obesidade, tabagismo e
sedentarismo.
Ter um pólipo significa ter câncer colorretal.
Mito. Os pólipos podem ser benignos, mas é importante que sejam
retirados, pois podem se tornar lesões cancerígenas. Contudo, em boa
parte das vezes, pólipos não são malignos.
Mesmo sem apresentar sintomas, é preciso realizar exames de
diagnóstico.
Verdade. Esse tipo de câncer pode ser silencioso. Para a população
sem sintomas, o recomendado é fazer a colonoscopia a partir dos 45
anos. Se houver histórico familiar da doença, o procedimento deve ser
feito 10 anos antes da idade em que o familiar de primeiro grau foi
diagnosticado com a neoplasia
Ter câncer colorretal implica em usar uma bolsa de colostomia por toda
a vida.
Mito. Há casos que realmente irão exigir o uso permanente da bolsa,
mas isso não acontece com todos os pacientes. Muitas vezes, o uso é
temporário ou até dispensável.







