O Espírito Santo vai prorrogar por mais 180 dias o Estado de Emergência Zoossanitária por causa da gripe aviária (vírus H5N1). A decisão foi aprovada por unanimidade em reunião virtual do Comitê Gestor de Enfrentamento à Influenza Aviária, na última sexta-feira (09). A medida está alinhada à Portaria nº 784 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que estende a emergência em todo o país até 6 de outubro de 2025.
O que é gripe aviária e por que preocupa?
A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, podendo causar sintomas respiratórios, neurológicos e até morte súbita. O vírus H5N1, uma das variantes mais agressivas, é motivo de preocupação global por seu potencial de transmissão a humanos em casos raros, mas graves, especialmente quando há contato direto com aves infectadas.
Embora não tenha havido registros da doença em humanos no Espírito Santo, o estado foi o primeiro do Brasil a detectar o vírus em aves silvestres migratórias, em maio de 2023. Desde então, ações rigorosas de vigilância e biossegurança foram adotadas para proteger a avicultura comercial, um setor que movimenta a economia local e gera milhares de empregos.
Ações de controle e prevenção
A nova prorrogação do Decreto Estadual nº 5.454-R, publicado inicialmente em julho de 2023, fortalece as medidas de monitoramento, prevenção e resposta rápida a casos suspeitos da doença. De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, o empenho conjunto entre os órgãos públicos, produtores e a iniciativa privada tem sido decisivo para manter a avicultura capixaba livre do vírus.
“É um esforço coletivo que protege vidas, empregos e a nossa economia”, destacou o secretário.
O Comitê Gestor da Influenza Aviária conta com representantes de diversas áreas do governo, incluindo as secretarias de Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, além do Idaf, Defesa Civil e entidades como a Associação dos Avicultores do Espírito Santo (Aves).
Orientações para a população
Casos suspeitos em aves, com sintomas como dificuldade respiratória, desorientação, ou mortes súbitas, devem ser informados imediatamente pelo sistema e-Sisbravet, disponível no site do Idaf. A orientação é evitar qualquer contato com aves doentes ou mortas, a não ser que a pessoa esteja usando equipamentos de proteção individual.
A manutenção da vigilância e do engajamento da população é fundamental para evitar a disseminação do vírus no território capixaba.
