O Ministério da Saúde lançou recentemente uma nova política nacional de enfrentamento ao HPV (Papilomavírus Humano), com foco na ampliação da vacinação, diagnóstico precoce e ações educativas em todo o país. Além de intensificar o combate ao câncer do colo do útero — principal preocupação relacionada ao vírus — a estratégia também contribui para a prevenção de outros tipos de câncer, como os de cabeça e pescoço.

Esses tumores, que incluem cânceres de boca, garganta e laringe, têm apresentado aumento de casos ligados ao HPV, especialmente entre homens. Segundo especialistas, a infecção viral pode permanecer silenciosa por anos antes de manifestar sintomas, o que reforça a importância da prevenção por meio da imunização.
A política inclui a ampliação da faixa etária para a vacinação gratuita contra o HPV, campanhas de conscientização em escolas e unidades de saúde, além de reforçar o papel da atenção básica na identificação precoce de lesões suspeitas. A vacinação, que era prioritariamente direcionada a meninas e adolescentes, agora busca atingir também meninos, jovens e grupos mais vulneráveis.
Profissionais de saúde destacam que a prevenção do câncer de cabeça e pescoço exige uma abordagem integrada, que inclua o combate ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool, mas que a imunização contra o HPV se torna um aliado crucial nesse contexto.
Com essa nova diretriz, o Brasil dá um passo importante para reduzir a incidência de diversos tipos de câncer relacionados ao HPV, protegendo tanto homens quanto mulheres e promovendo mais saúde pública a longo prazo.







