Um estudo recente liderado pela Universidade de Fortaleza e pela Universidade Federal do Ceará mostrou que a obesidade entre gestantes no Brasil tem aumentado de forma acelerada. Entre 2008 e 2022, a proporção de gestantes adultas obesas passou de cerca de 13% para quase 30%, enquanto entre as adolescentes essa taxa foi de pouco mais de 4% para 10%.
A pesquisa também apontou um padrão nutricional preocupante: 90% das gestantes afirmaram ter consumido pelo menos um alimento ultraprocessado no dia anterior à avaliação. Biscoitos, salgadinhos, macarrão instantâneo e embutidos estão entre os mais citados — produtos que carregam muitas calorias, poucos nutrientes e têm forte relação com ganho de peso.
Segundo os pesquisadores, embora o estudo não comprove que os ultraprocessados causam a obesidade, o alto consumo entre grávidas indica um risco potencial. Esses alimentos, por serem calóricos e de baixo valor nutricional, podem agravar a tendência de ganho de peso excessivo na gestação.
Além disso, especialistas destacam os riscos associados à obesidade durante a gravidez: ela pode aumentar a chance de diabetes gestacional, pressão alta, parto prematuro e até impactos na saúde do bebê, como peso excessivo no nascimento.
Para conter essa tendência, os autores defendem ampliar as políticas de vigilância nutricional voltadas às gestantes e investir em programas de educação alimentar. A proposta é estimular uma alimentação mais saudável desde o pré-natal, com foco em alimentos in natura e minimamente processados, garantindo não só a saúde da mãe, mas também a do bebê.






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